Durante os meses de outubro e novembro, vários municípios da rede Sonorgás celebram marcos históricos com a atribuição dos seus forais, momentos que refletem a rica herança cultural e o passado histórico dessas localidades. Entre paisagens e património monumental, Cabeceiras de Basto, Terras do Bouro, Sabrosa, Boticas, Vale de Salgueiro, Valpaços, Mesão Frio, Melgaço e Vieira do Minho continuam a preservar, com orgulho, as suas tradições e a história que os define.
Cabeceiras de Basto: Tradição Minhota
Com vestígios que remontam a épocas pré-romanas, este município preserva a memória de um passado que combina tradição e identidade minhota. Situado entre as serras da Cabreira e do Marão, junto ao rio Tâmega, é um território rico em património cultural e natural. A 3 de outubro de 1514, D.Manuel I concedeu o foral, reconhecendo a relevância histórica deste concelho no Minho.
Terras do Bouro: Entre o Património e Natureza
Este município montanhoso destaca-se pelo o seu património, com vestígios que remontam à Idade do Bronze e à ocupação romana, como a Geira, a maior concentração de marcos miliários epigrafados do Noroeste peninsular. A 20 de outubro de 1514, D. Manuel I atribuiu o foral a Terras de Bouro, reconhecendo a sua importância histórica.
Sabrosa: Património Mundial da UNESCO
Sabrosa tornou-se concelho a 6 de novembro de 1836, mas o seu território carrega uma longa história que se estende até a pré-história recente. Destacam-se as mamoras neolíticas, como a Mamora 1 de Madorras, e os castros da Idade do Ferro, como o da Sancha e o de Provesende. A região faz parte do Alto Douro Vinhateiro, Património Mundial da UNESCO, e preserva a memória de um rico passado.
Boticas: Património que Transcende Gerações
A vila preserva a memória castreja com a réplica do Guerreiro Galaico, uma das figuras antropomórficas mais antigas da Península Ibérica. Boticas tornou-se concelho a 6 de novembro de 1836. Entre os seus destaques está o vinho dos mortos, uma tradição única que nasceu durante as invasões napoleónicas.
Vale de Salgueiro: Tradições Cristãs
Vila histórica de Trás-os-Montes, obteve o seu foral a 30 de novembro de 1527 pelas mãos do rei D.João III. Entre os maiores símbolos da região, destaca-se a Festa dos Reis, uma celebração que mistura cultos pagãos e tradições cristãs.
Valpaços: Tradições de Trás-os-Montes
Valpaços, no coração de Trás-os-Montes, recebeu o seu foral a 6 de novembro de 1836, concedido por D. Manuel I. A região, marcada pela presença de Celtas e Romanos, preserva vestígios de uma longa história, com monumentos e tradições que refletem o passado.A região mantém as suas tradições vivas, enquanto investe na modernidade com infraestruturas como a Casa do Vinho, a Biblioteca Municipal e o Complexo Desportivo.
Mesão Frio: Entre Paisagens e Património Arquitetónico
Mesão Frio, recebeu o foral por D. Manuel em 30 de novembro de 1503. Destaca-se pelas suas paisagens deslumbrantes e património arquitetónico, como a Igreja Matriz de S. Nicolau e o Convento Franciscano. As vistas do Douro, visíveis dos miradouros como o Monte de São Silvestre, são um grande atrativo. O concelho é rico em tradições, com festas como S.Bartolomeu e S.Gonçalo, e artesanato local, incluindo cestaria e tanoaria.
Melgaço: Município Estratégico
Melgaço recebeu foral de D. Manuel I a 3 de novembro de 1513, mas a sua história remonta ao reinado de D. Afonso Henriques, quando o castelo foi inicialmente erguido por volta de 1170. A vila, protegida por uma muralha desde o reinado de D. Sancho II, teve um papel estratégico durante as investidas leonesas, sendo um ponto de defesa importante na região.
Vieira do Minho: Do Foral à Constituição do Município
As várias freguesias que compõem o município pertenceram a diferentes concelhos e coutos ao longo dos séculos, incluindo o concelho de Vieira, que recebeu foral de D. Manuel I em 13 de Novembro de 1514. Foi uma região estratégica ao longo de várias épocas, desde as invasões romanas até as guerras napoleónicas e liberais. A constituição do município de Vieira do Minho foi formalizada em 1933, com a criação da freguesia de Vieira do Minho, marcando o início de uma nova fase na história local.
Presente em regiões com um património tão rico, a Sonorgás compromete-se a apostar no futuro, sem esquecer as raízes de cada localidade.